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17 de 04 de 2024, 11:08

Diário

Institutos politécnicos pedem maior autonomia ao novo ministro da Educação

Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos disse que os politécnicos têm pela frente desafios que exigem “políticas públicas que permitam responder-lhes e ir ao cerne das questões”

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Os institutos politécnicos insistem em maior autonomia para o ensino superior. Quem o diz é a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes, que foi reeleita para o cargo e tomou posse do novo mandato nesta terça-feira (16 de abril).

Na sua intervenção, Maria José Fernandes disse que os politécnicos têm pela frente desafios que exigem “políticas públicas que permitam responder-lhes e ir ao cerne das questões”.

“Não podemos ter respostas que apenas resolvam de forma parcial ou conjuntural as questões com que estamos confrontados. Estamos certos de que não é pela inexistência na orgânica do Governo de um ministério do ensino superior ou secretaria de estado que essas políticas públicas não serão implementadas”, sustentou.

A revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, a ação social e o financiamento do setor estão entre as prioridades de Maria José Fernandes, além da aplicação do decreto que permite aos institutos fazerem doutoramentos e passarem a ser universidades politécnicas.

O Politécnico de Viseu está a preparar o seu primeiro doutoramento em sustentabilidade agroalimentar e ambiental, em parceria com os institutos congéneres de Coimbra e Castelo Branco. O curso está a ser avaliado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.

O CCISP também vai exigir do novo Governo a revisão de outros diplomas. Maria José Fernandes disse que os politécnicos precisam de ter mais meios para integrar “mais e melhor” os alunos com necessidades específicas e “criar todas as condições para que mais estudantes ingressem no ensino superior”.

“Temos de ser mais inclusivos e, para isso, é fundamental dar as melhores condições a quem chega em situação de desvantagem. Precisamos de aprofundar a política de diversificação da rede de centros de investigação e desenvolvimento, assim como o seu financiamento”, acrescentou.

A cerimónia da tomada de posse contou com a presença do novo ministro da Educação, Ciência e Inovação (que tutela agora o ensino superior), Fernando Alexandre. O governante prometeu diálogo e cooperação com as instituições politécnicas e concordou com a maior autonomia reivindicada por Maria José Fernandes.

Entre as reivindicações do CCISP, estão também a promoção de políticas que permitam reforçar a base social de participação, a criação de um novo sistema de financiamento da ação social e o reforço da ação social indireta (cantinas e residências de estudantes, entre outras valências) além de 2024.