Diário

Lamego vai ter residência para 46 estudantes

Novo espaço será construído no centro histórico da cidade. Investimento é de 1,7 milhões de euros e terá apoio do PRR

Fotógrafo: D.R./Câmara de Lamego

Lamego vai ter, pela primeira vez, uma residência para estudantes bolseiros do ensino superior num investimento que ascende a 1,7 milhões de euros, anunciou a autarquia local que viu aprovada a candidatura ao programa “Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis”, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O novo alojamento que irá acolher estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego vai ser construído em dois edifícios centenários situados na Praça do Comércio e na Rua da Cadeia, no centro histórico da cidade, e que foram comprados pelo município.

A nova residência terá uma capacidade de 46 camas e visa proporcionar “as melhores condições de estadia, bem-estar e conforto, contribuindo para a igualdade de oportunidades, integração social e bom desempenho académico dos alunos”, destaca a Câmara.

O espaço terá cozinha, salas de refeições, de convívio e de estudo e lavandaria, entre outras áreas. Após a conclusão das obras, a gestão do equipamento será assumida pelo Instituto Politécnico de Viseu.

O investimento total previsto é de 1.786.347 euros, sendo que a Câmara irá assumir 284.217 euros de investimento não financiado. O executivo presidido por Francisco Lopes (PSD) prevê que a obra deve iniciar durante o primeiro semestre de 2023.

A Câmara adianta que o projeto visa “atrair novas dinâmicas e atividades” para o centro histórico e fixar população jovem nessa zona. “Por outro, pretende impulsionar o processo de reabilitação urbana desta zona nobre, nomeadamente do setor privado”, acrescenta.

Os edifícios que serão requalificados terão um logradouro interior comum “que servirá de apoio e fará a ligação” entre ambos.

O presidente da autarquia, Francisco Lopes, lembra que este projeto “vai reforçar o crescimento e a consolidação do ensino superior público em Lamego que regista uma procura crescente”.

“A não existência de uma estrutura residencial deste tipo, numa instituição onde 80% dos alunos chegam de fora do concelho, e onde o mercado de arrendamento não consegue dar resposta, é um problema que nos preocupa. A residência será criada para ajudar estas situações”, acrescenta.

O autarca refere também que o investimento “dará o pontapé de saída” para o projeto de rejuvenescimento que o município tem para a zona alta de Lamego “com a presença de mais jovens e mais dinâmica económica, impulsionando a recuperação e a revitalização de toda a Praça do Comércio”.