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24 de 01 de 2024, 11:30

Diário

Mortágua participa em projeto de prevenção de incêndios em zonas rurais

Mais de 10 hectares de terrenos vão ser alvo de intervenções piloto do projeto Resist na aldeia do Painçal. Objetivo é garantir que os proprietários façam a limpeza dos terrenos com a ajuda da comunidade

projeto resist camara de mortágua

Mortágua está entre os municípios que fazem parte de um projeto que quer aumentar a resiliência dos territórios face às alterações climáticas e ao risco de incêndio rural. A aldeia do Painçal foi a localidade escolhida para servir este ano de ‘cobaia’ do programa Resist no concelho, onde vão ser intervencionados mais de 10 hectares.

A iniciativa, implantada no terreno pela Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (da qual Mortágua faz parte), fará ações de prevenção e criará condomínios de aldeia, incentivando os proprietários a assumir a manutenção dos terrenos e a garantir a sua limpeza com o envolvimento das comunidades locais.

Para isso, o projeto prevê a execução de operações de silvicultura (criação de faixas de gestão de combustíveis de proteção à aldeia) e a alteração do uso e ocupação do solo através da plantação de espécies autóctones, mais resilientes aos incêndios. “Desta forma, pretende-se garantir uma maior resiliência da população aos incêndios rurais, e consequentemente, aumentar a segurança de pessoas e bens”, explica a Câmara de Mortágua.

Depois da fase inicial de recolha de informações e de sensibilização junto da comunidade e dos proprietários, seguem-se as ações no terreno que irão decorrer ao longo deste ano.

O projeto Resist dura cinco anos e é apoiado pelos fundos comunitários, envolvendo doze regiões da Europa com o objetivo de torná-las resilientes face aos desafios ambientais, e é acompanhado pelo gabinete técnico-florestal da autarquia de Mortágua, contando com a colaboração da Associação de Moradores e Amigos do Painçal.

O Centro de Portugal é uma das quatro regiões líderes do projeto, sendo a Região de Coimbra um dos territórios demonstradores no âmbito da missão de adaptação às alterações climáticas, além do Médio Tejo.

Durante o tempo deste projeto, que termina em 2027, a CIM Região de Coimbra irá intervir em 149 hectares de terreno nos concelhos de Coimbra, Lousã, Condeixa-a-Nova, Vila Nova de Poiares, Tábua, Penela, Cantanhede, Montemor-o-Velho, Mira, Góis, Soure, Pampilhosa da Serra, Mortágua e Oliveira do Hospital.