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17 de 03 de 2024, 12:00

Diário

No Lugar Presente há um Lugar Futuro para dançar e ver dançar durante quatro dias

O festival Lugar Futuro regressa este mês para celebrar a Primavera com a dança. Quatro dias com estreias, danças, cinema e palestras que juntam o universo profissional e a formação artística e jovens artistas e coreógrafos já conceituados, numa contínua abertura do público para a dança contemporânea

LUGAR PRESENTE

Um programa de quatro dias com direção de Leonor Keil e a apresentação em estreia de uma peça dirigida pela coreógrafa Joana Providência para a Presente - Companhia de Dança Jovem de Viseu são dois dos momentos que a quarta edição do festival Lugar Futuro reserva para os dias de 21 a 24 de março. Um festival que está a crescer e que, segundo Albino Moura, da direção do Lugar Presente, mostra a reputação que esta iniciativa está a alcançar dentro e fora de Portugal.

Um dos pontos altos do programa desta edição é a apresentação de duas estreias absolutas. Uma de Chen Nadler, a coreógrafa selecionada pelo público na terceira edição (co-produção com o festival) e uma peça dirigida pela coreógrafa Joana Providência para a Presente - Companhia de Dança Jovem (Viseu).

Para Albino Moura, outro dos momentos estruturantes deste programa é a apresentação de um conjunto selecionado de trabalhos intitulado de “primeiras obras”. Trata-se de “uma criteriosa seleção de seis peças da autoria de jovens coreógrafos portugueses e estrangeiros, de um conjunto de mais de 170 candidaturas oriundas de 32 países, que como habitualmente promete surpreender pela diversidade, qualidade e frescura das propostas”.

“É incrível, tivemos 175 candidaturas, mais do dobro do ano passado. Isto significa que o Festival está a ter eco, mesmo fora de Portugal, e reputação, o que faz com que continue a crescer”, sustentou.

O programa é ainda composto pela apresentação de espetáculos, filmes, master-classes e conversas com o público, numa perspetiva de intercâmbio de experiências entre os criadores e os intérpretes participantes, a que se juntam alunos e professores de escolas de dança nacionais e estrangeiras, em ambiente de partilha ao vivo com o público da cidade de Viseu e também por todo o mundo em formato live streaming.

Albino Moura salientou ainda a parceria com o festival de vídeo-dança InShadow, que em colaboração com o Cineclube de Viseu apresenta uma seleção de cinco curtas-metragens premiadas em 2023.

Mantém-se, também, a parceria com Escola Superior de Dança, que este ano apresenta trabalhos de alunos de Licenciatura e também de Mestrado, para além da parceria do Balleteatro do Porto e do Conservatório de Dança de Múrcia, que se apresentam pela primeira vez em Viseu.

“O Festival representa muito para o Lugar Presente porque é uma das atividades que faz a ponte entre o universo da formação e o universo profissional. É uma carência que sentimos desde que lançamos os primeiros finalistas do nosso curso de dança. Achamos que o fosso é gigante para quem estava a terminar um curso secundário profissionalizante e pensámos que tínhamos de fazer alguma coisa para aproximar estes dois universos que deveriam estar mais em contacto do que estão”, frisou Albino Moura.

Para o responsável, a ligação ao que se faz fora de Portugal “é fundamental para os alunos e para o projeto e estrutura em si porque já não somos só uma escola de dança, temos uma companhia de teatro a funcionar há dois anos, temos este festival já no quarto ano e uma companhia de dança jovem com repertório”.