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09 de 05 de 2024, 12:39

Diário

Panteão Nacional encerra comemorações dos 60 anos da morte de Aquilino Ribeiro

Ministra da Cultura Dalila Rodrigues e antigo presidente da República Cavaco Silva vão estar na cerimónia que decorre em Lisboa, a 25 de maio. Comemorações foram organizadas por municípios ligados à vida de Aquilino Ribeiro

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Fotógrafo: D.R./Arquivo

O Panteão Nacional, em Lisboa, recebe no próximo dia 25 de maio a cerimónia de encerramento das comemorações dos 60 anos da morte do escritor Aquilino Ribeiro. O momento será presenciado pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e pelo antigo Presidente da República, Cavaco Silva.

O momento, marcado para as 17h00, será marcado pela homenagem aos prefaciadores das reedições das obras de Aquilino Ribeiro e pela apresentação da reedição de “Geografia Sentimental”, publicado inicialmente em 1951.

As comemorações da morte de Aquilino decorreram ao longo do último ano e foram organizadas pelas autarquias de Sernancelhe, Moimenta da Beira, Paredes de Coura e Vila Nova de Paiva, concelhos que marcaram a vida do escritor das “Terras do Demo”. A cerimónia no Panteão Nacional – onde estão os restos mortais do autor – vai, assim, encerrar uma iniciativa inédita que juntou estes municípios.

Os municípios de Sernancelhe (concelho onde Aquilino nasceu), Moimenta da Beira (onde viveu), Paredes de Coura (onde também passou parte da sua vida e escreveu o livro “Casa Grande de Romarigães”) e Vila Nova de Paiva (onde foi batizado) promoveram ações que destacaram o percurso do escritor.

Entre as iniciativas realizadas, destacam-se as reedições de obras de Aquilino Ribeiro, exposições fotográficas, momentos gastronómicos, conversas temáticas, concertos, jornadas de turismo literário, congressos, sessões evocativas, iniciativas dirigidas ao público infanto-juvenil e inaugurações de espaços dedicados a Aquilino.

Aquilino Ribeiro foi uma das personalidades mais sonantes da região de Viseu e um dos autores mais incontornáveis da literatura portuguesa do século XX.

Foi a 13 de setembro de 1885 que Aquilino Ribeiro nasceu em Carregal, no concelho de Sernancelhe. Figura opositora da monarquia e do Estado Novo, o autor protagonizou uma vasta carreira literária, assinando obras como “Quando os Lobos Uivam”, “Volfrâmio”, “Terras do Demo”, “Romance da Raposa”, “O Malhadinhas” e “Cinco Réis de Gente”.

Aquilino viveu durante vários anos em Lisboa, onde morreu a 27 de maio de 1963, aos 77 anos. Aquilino Ribeiro é considerado um dos grandes autores da língua e literatura portuguesa, com honras de Panteão Nacional.

Foi sócio de número da Academia das Ciências e, após o 25 de Abril, reintegrado a título póstumo na Biblioteca Nacional, condecorado com a Ordem da Liberdade e homenageado, aquando do seu centenário, pelo Ministério da Cultura. Em setembro de 2007, por votação unânime da Assembleia da República, o seu corpo foi depositado no Panteão Nacional.