Diário

PSD acusa administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu de “desconsideração institucional”

Em causa, cerimónia dos 25 anos da construção do Hospital S. Teotónio onde esteve presente o secretário de Estado da Saúde

Fotógrafo: Igor Ferreira

O PSD de Viseu considera “lamentável” a “desconsideração institucional” da Administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) e do Governo para com o município de Viseu aquando das comemorações dos 25 anos da construção do Hospital S. Teotónio que decorreu no final da semana passada e na qual esteve presente o secretário de Estado da Saúde.

Os sociais-democratas dizem ainda que houve “desrespeito” pela memória de algumas entidades que ajudaram a criar esta unidade e criticam o facto de ter sido promovida uma cerimónia para a inauguração da ampliação dos Cuidados Intensivos, na qual “apenas estiveram presentes figuras socialistas”.

“É o PS a ser PS e a adaptar a máxima do absolutismo francês de Luís XIV de que o ‘estado sou eu’ para uma versão absolutamente socialista”, acusa, em comunicado, a Comissão Política Distrital liderada por Pedro Alves.
"Uma oportunidade que havia de comemorar uma conquista para os viseenses, o PS partidizou a questão", apontou o social-democrata.


“Por se tratar do Hospital de Viseu, é de todo incompreensível e lamentável a desconsideração institucional com o Município de Viseu que, para além de não ter sido protocolarmente respeitado na hierarquia da cerimónia pública, não foi, igualmente, permitida a intervenção do representante eleito pelos viseenses”, exemplifica o PSD, falando da presença da vereadora Mara Almeida que esteve presente mas não usou da palavra.

O caso, acrescenta ainda a mesma estrutura partidária, é ainda “mais grave” quando “é do conhecimento de todos o papel decisivo que o Município teve no
planeamento e na salvaguarda dos terrenos para o efeito, bem como na construção das acessibilidades”.

Mas para o PSD, a “desconsideração institucional” foi ainda mais longe “quando, uma hora antes da cerimónia pública, promovem outra cerimónia para inauguração da ampliação de um serviço
no CHTV, em que apenas estiveram presentes um presidente de câmara socialista e deputados socialistas, ignorando a obrigação legal e protocolar de salvaguardar o pluralismo democrático”.

“Ficou clara, nesta cerimónia, a estratégia do Governo e do PS que é a de silenciar quem pensa diferente. Lamentavelmente, já esperávamos este comportamento de um qualquer comissário político. Agora, um membro do Governo assumir essa condição, é um enxovalho para a democracia”, sublinhou ainda Pedro Alves. "Perderam a vergonha porque querem silenciar tudo aquilo que se passa em torno da prestação dos cuidados de saúde e nós não nos vamos calar", assegurou.