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25 de 03 de 2024, 15:38

Diário

Obras na Sé de Viseu para limpeza de fachada e restauro de retábulos

Catedral vai sofrer novas intervenções no valor de 800 mil euros

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A Sé de Viseu já se prepara para a quarta fase das obras de conservação e restauro. O instituto Património Cultural reuniu na última sexta-feira (22 de março) com a Diocese de Viseu para discutir as intervenções prioritárias que serão levadas a cabo na catedral da cidade.

A quarta fase da empreitada terá um investimento estimado de 800 mil euros e conta com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Segundo Fátima Eusébio, coordenadora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese, as obras terão de estar concluídas até março de 2026.

“Contudo, é certo que as intervenções não irão terminar nesta fase, já que os trabalhos necessários não ficarão todos concluídos neste pacote de financiamento”, explicou a responsável.

As intervenções vão incidir sobre o restauro das estruturas de talha que estão em falta na Sé, nomeadamente os retábulos de Nossa Senhora do Rosário e do Sagrado Coração de Jesus e o de Nossa Senhora da Piedade, situado no claustro, mas não só.

Serão também contempladas a limpeza da fachada posterior da Sé e das escadarias e a reabilitação do pavimento, de alguns dos painéis de azulejos e dos balaústres do claustro superior, além da instalação elétrica do Passeio dos Cónegos, entre outras.

Também estão previstas intervenções no pavimento da capela-mor e nas janelas e portas do museu de arte sacra, bem como a colocação dos azulejos na sala de reuniões do Cabido, que foram retirados na última obra.

As primeiras três fases de intervenções de que a catedral já foi alvo, orçadas em cerca de dois milhões de euros, recaíram sobre a limpeza da fachada principal, o restauro da sacristia, capelas e azulejos da antiga capela batismal e a recuperação da escadaria de acesso à torre, entre outros trabalhos.

O plano também passa por dotar o espaço de uma plataforma de mobilidade reduzida pioneira em Portugal, entre outros equipamentos. Fátima Eusébio defende estas obras, dizendo que “são obras muito demoradas e dispendiosas, mas essenciais para a preservação e valorização” da Sé de Viseu.

“É importante que a caminhada das intervenções continue com o objetivo de termos o edifício da Sé, um ícone do património da cidade de Viseu, aberto ao público, que deve estar com a devida conservação do espaço e do seu espólio, atraindo assim também cada vez mais visitantes, tanto pela sua beleza, como por aquilo que representa simbolicamente”, realçou.

O bispo de Viseu, D. António Luciano, mostrou-se satisfeito pela reunião, falando em “mais um passo dado que vai contribuir para a melhoria do edifício da Catedral” e realçando que “as intervenções que serão realizadas vão beneficiar toda a comunidade”.