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15 de 06 de 2022, 08:56

Diário

Transumância regressa a Castro Daire este mês de junho

Após uma paragem forçada de dois anos por causa da pandemia, a iniciativa "A Última Rota da Transumância" volta de 23 a 26 de junho e a 24 de agosto

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Fotógrafo: Jornal do Centro

O concelho de Castro Daire volta a receber a iniciativa "A Última Rota da Transumância", após uma paragem forçada de dois anos por causa da pandemia.

O evento, que promove a recriação das tradições de pastores e rebanhos, é retomado de 23 a 26 de junho, com várias atividades, aliando a pastorícia à gastronomia, às tradições e aos costumes da região. A rota, cuja última edição foi em 2019, segue a 24 de agosto.

O vereador do Turismo na autarquia de Castro Daire, Pedro Pontes, lembra que este é um dos principais eventos no concelho. “A transumância é um dos pilares estratégicos e principais do nosso desenvolvimento do território. É um exemplo de que o passado, associado a dinâmicas do presente, pode tornar o futuro mais ambicioso e com melhores condições de vida para os nossos munícipes”, enaltece.

Entre as atrações previstas no evento, estão seminários, exposições, tertúlias, atuações, uma mostra de gado e uma concentração de rebanhos na Serra do Montemuro.

Pedro Pontes destaca que o evento valoriza a identidade local e o processo de migração dos rebanhos e pastores, “que vinham da Serra da Estrela na altura do São João em busca de pastos mais vistosos que eram encontrados na Serra do Montemuro, fazendo com que, durante cerca de dois meses, permanecessem na nossa serra”.

“Fruto desse processo e da permanência desses povos, foram incutidas grandes tradições e vivências que marcaram muito a nossa região”, acrescenta.

Pedro Pontes fala ainda da importância do pastoreio, referindo que os pastores e os rebanhos continuam ligados “à fermentação de práticas económicas que ainda têm muita importância no nosso território hoje em dia, muitas delas do setor primário”.

O vereador lembra também que Castro Daire faz agora parte de um projeto intermunicipal com Fundão, Seia e Gouveia, o “Terras da Transumância”, que “veio ainda fortalecer” estas localidades enquanto ativo turístico e económico.

A marca “Terras da Transumância” terá como base uma oferta cultural e de experiências turísticas com foco na valorização da tradição pastoril naqueles territórios.

Para garantir o futuro da tradição, Pedro Pontes espera ainda que a juventude veja na transumância uma opção de futuro. “Esperamos que os nossos jovens possam ver ali uma forma sustentável de vida para o seu futuro, para que possamos assim fixá-los no nosso território”, conclui.