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04 de 07 de 2024, 17:32

Diário

Urgências/pediátricas: Administração demissionária da ULS Viseu Dão Lafões ouvida a 12 de julho na Comissão de Saúde

A direção, que deverá ser substituída em breve, vai ser ouvida na Comissão de Saúde, no âmbito do requerimento que foi apresentado pelo Bloco de Esquerda

Hospital de Viseu com ministra da saúde

O conselho de administração demissionário da Unidade Local de Saúde (ULS) de Viseu Dão Lafões vai ser ouvido a 12 de julho no Parlamento sobre os constrangimentos que levaram ao encerramento da urgência pediátrica no período da noite, de acordo com o agendamento da Assembleia da República.
A direção, que deverá ser substituída em breve, vai ser ouvida na Comissão de Saúde, no âmbito do requerimento que foi apresentado pelo Bloco de Esquerda que pediu uma “audiência urgente” para esclarecer a situação.

“Dada a gravidade da situação, é necessário encontrar explicações e soluções para sucessivos problemas, não só em serviços de urgências, como nos cuidados primários um pouco por todo o distrito, agravados por uma situação de interioridade; urge travar o processo de desestruturação em curso do SNS”, lê-se no requerimento apresentado pelo BE.

Desde 1 de junho que este serviço pediátrico deixou de estar aberto entre as 20h00 e as 9h00, tendo a administração do hospital justificado com a falta de médicos e a necessidade de assegurar outros serviços. O serviço já estava com constrangimentos desde março, altura em que o serviço encerrou durante o fim de semana,
Em junho foi criado um movimento contra o encerramento que já promoveu uma abaixo-assinado, manifestações e vigílias, tendo alguns partidos políticos pedido também justificações.

Este caso levou a uma incompatibilizarão entre a ministra da Saúde e o conselho de administração. Inicialmente Ana Paula Martins deslocou-se a Viseu para numa reunião com a direção pedir um plano de contingência, plano esse que foi apresentado e que passa pela urgência referenciada e pela a abertura entre as 20h00 e 23h00 de consultas no Centro de Saúde de Jugueiros. Entretanto, no Parlamento, a ministra criticou as lideranças hospitalares que apelidou de “fracas”, exemplificando que em Viseu o hospital não conseguia reter médicos. Declarações que levaram à demissão do conselho de administração a 13 de junho por “falta de confiança política”.