Cultura

Museu Keil Amaral vai ser inaugurado na Casa da Calçada, em Viseu

Iniciativa assinala o Dia Internacional dos Museus a 18 de maio

O “Museu Keil Amaral – Pessoas, Arte, Coleções” vai ser inaugurado na próxima terça-feira, 18 de maio, na Casa da Calçada, em Viseu.

Situado na zona histórica da Cidade-Jardim, o novo Museu instalado na Casa da Calçada, assume-se como uma viagem pelo percurso de vida e história, de cinco gerações de uma família estreitamente ligada à Arte, em Portugal: os Keil Amaral.

O espaço museológico revela a história de 13 elementos da família, desde os seus percursos individuais aos coletivos, entre o séc. XIX e o séc. XX, através de um conjunto de obras da sua coleção privada.

"Estamos muito satisfeitos por chegar ao fim deste processo e podermos oferecer mais um Museu à cidade e aos viseenses. Pessoalmente, sinto que cumprimos o nosso dever, já que vamos inaugurar o espaço no Dia Internacional dos Museus, como era a vontade de António Almeida Henriques”, diz Conceição Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Viseu.


O que se pode ver no novo Museu Keil Amaral


Peças de alfaiataria, pautas musicais, maquetes, fotografias, mobiliário, ilustrações, azulejos, esculturas, coleções de cerâmica, instrumentos musicais, ourivesaria, armaria e artesanato são algumas das peças do seu espólio familiar ,que os visitantes vão poder observar no Museu. É de lembrar que um dos membros da família, Alfredo Keil, foi o autor do hino nacional, outro dos temas de destaque do Museu.
Um dos ramos da família Amaral teve origem no distrito de Viseu. Francisco Coelho do Amaral Reis nasceu em Canas de Senhorim, concelho de Nelas, em 1873, e desempenhou cargos políticos relevantes durante a primeira República Portuguesa. Entre eles, o de Governador Civil e Deputado pelo distrito de Viseu.

Leonor Pereira Keil Amaral, nascida em 1973, é bailarina premiada e integrou a Companhia Paulo Ribeiro, entre 1996 e 2014, no Teatro Viriato.
Situado na Calçada da Vigia, artéria confinante com o Adro da Sé, o edifício patrimonial que acolhe este espólio é datado do século XVIII e classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978. A sua reabilitação teve início no final do ano de 2014.

O Museu Keil Amaral passará, assim, a fazer parte da Rede Municipal de Museus de Viseu, num total de oito Museus Municipais.

Com este novo espaço museológico “estamos a reforçar a nossa oferta cultural, preservando o património de Viseu. Estou certa de que o Museu Keil Amaral, será mais um relevante ponto de interesse no nosso concelho”, assegurou Conceição Azevedo que, para além de liderar a autarquia é também responsável pelo pelouro da Cultura.

O momento de inauguração será transmitido em direto no Facebook do Município e dos Museus de Viseu, pelas 18 horas.

Pouco depois, pelas 20 e pelas 21 horas, o novo Museu vai proporcionar duas visitas guiadas ao público-geral.

Os interessados em participar devem inscrever-se através do e-mail museukeilamaral@cmviseu.pt, até às 18 horas do dia 17 de maio. A inscrição fica sujeita a confirmação, pois a lotação é limitada, por causa da pandemia.


A revisitação dos principais Museus Municipais da Cidade de Viriato


Segundo a autarquia viseense, para este dia, os restantes Museus Municipais de Viseu, como o Museu Almeida Moreira, o Museu do Linho de Várzea de Calde, a Casa da Ribeira, o Museu de História da Cidade, o Polo Arqueológico de Viseu António Almeida Henriques, Quinta da Cruz e Museu do Quartzo – também proporcionam visitas guiadas, roteiros e oficinas criativas para o público-geral e famílias.

"A programação que preparámos para este dia representa, de certa forma, um regresso à nossa vida normal, com várias iniciativas a decorrerem nos Museus Municipais. Os viseenses terão a oportunidade de visitar estes espaços com toda a segurança e desfrutar do melhor que Viseu tem para oferecer do ponto de vista cultural”, avança a presidente da Câmara Municipal de Viseu.

O Museu Almeida Moreira vai também organizar visitas guiadas à sua exposição permanente e à temporária: “Almeida Moreira, o primeiro Marketeer de Viseu”. Está ainda prevista a organização de uma oficina criativa dedicada o tema: “Perspetivas”.

Por sua vez, o Museu do Linho de Várzea de Calde desafia as famílias a percorrer a Rota da Ribeira da Várzea e o Percurso Pedestre de Várzea de Calde. Em ano de "Viseu, Cidade-Jardim”, também vai ensinar os mais pequenos a plantar linhaça, a planta de onde se extrai o linho.

A Casa da Ribeira vai divulgar e disponibilizar um livro de passatempos com as principais tradições de Viseu, que os visitantes podem levantar e preencher em casa.
No que toca ao Museu de História da Cidade, o espaço museológico incita as famílias a “Refotografar Viseu” e a partilhar os resultados nas redes sociais.

O novo Polo Arqueológico de Viseu, “António Almeida Henriques” apresenta a visita guiada “José Coelho pela Cidade”. Um roteiro por Viseu que recupera a revisitação de algumas histórias sobre o património da cidade e as disputas do arqueólogo em torno da sua investigação.

Já a Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea de Viseu desafia os visitantes a realizar exercícios de exploração que ligam a Arte à Natureza.

Também o Museu do Quartzo - Centro de Interpretação Professor Galopim de Carvalho -, convida os visitantes a realizar a Rota do Quartzo: um percurso que vai desde o Monte de Santa Luzia ao interior da povoação do Campo, numa extensão total de 6 quilómetros.