Diário

Bombeiros querem transformar antigo quartel em alojamento acessível

Proposta vai ser analisada pelos sócios da corporação de Carregal do Sal e inclui bolsa de arrendamento

Os Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal querem converter o antigo quartel da corporação numa residência de arrendamento acessível. A proposta será analisada em assembleia geral marcada para 19 de dezembro, às 20h30.

A direção da instituição diz que aceitou a proposta da Câmara de converter o edifício desativado nos anos 90 numa habitação com 19 apartamentos que estariam abrangidos por uma bolsa de arrendamento a preços acessíveis.

O projeto para o edifício, que se encontra atualmente degradado, está a ser elaborado pela Câmara Municipal, segundo a proposta feita pelos dirigentes da Associação Humanitária aos seus associados.

De acordo com o documento, o antigo quartel foi construído em 1950, mas tornou-se necessário construir novas instalações, o que veio a acontecer.

O atual quartel foi inaugurado em 1996 e o antigo ficou desativado, tendo este último espaço sido alvo de vários projetos que não avançaram, entre os quais a construção de um fórum, um centro cultural e um centro de acolhimento e apoio à população em catástrofes.

“Sem nunca baixar os braços, e na sequência das diligências efetuadas junto da Câmara Municipal, no sentido de ser encontrada uma solução para a reabilitação do antigo quartel, face ao seu estado cada vez mais avançado de degradação, o presidente da Direção e o presidente da Assembleia Geral foram convidados para estarem presentes numa reunião com o presidente da Câmara, no sentido de, face a novos dados, abordarem os termos” do projeto, referem os dirigentes dos Bombeiros.

A proposta para a reabilitação passaria por adaptar o antigo quartel a uma “habitação coletiva no âmbito da Estratégia Local de Habitação, constituindo uma bolsa de arrendamento a preços acessíveis, composta por 6 (apartamentos) T0 e 13 T1”.

O projeto seria elaborado e o financiamento assegurado pela edilidade, com o compromisso de manter a fachada e o hall de entrada “para perpetuar a memória” daquelas instalações. Na proposta, a direção não revelou o montante do investimento.

“É, pois, importante reafirmar que o projeto dignifica de forma exemplar a história, os pergaminhos de bem servir e a dignidade do antigo quartel, estando bem evidenciadas as causas humanitárias e sociais no projeto a realizar. Em circunstância alguma se poderia equacionar a passagem do imóvel, que sempre serviu causas públicas, para a posse de privados, visando, neste caso, o lucro imobiliário”, defendem os dirigentes dos Bombeiros.

A proposta foi aprovada pela direção da Associação Humanitária em finais de novembro.