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24 de 04 de 2023, 16:32

Diário

Associação de Desenvolvimento Local já investiu mais de 44 milhões de euros

Associação que junta os concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela e Águeda comemorou o seu 32.º aniversário

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Fotógrafo: ADICES - Associação de Desenvolvimento Local

A Associação de Desenvolvimento Local (ADICES) investiu mais de 44 milhões de euros nos concelhos de Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela e Águeda ao longo dos seus 32 anos de atividade, que foram recentemente comemorados.

Segundo a instituição, deste valor, cerca de 28 milhões representaram ajudas públicas a fundo perdido para várias iniciativas e projetos nos cinco concelhos que integram a ADICES, num total de 634 projetos apoiados em diversas áreas.

A ADICES organizou recentemente um seminário de celebração do seu 32.º aniversário, que teve uma intervenção inicial de Ricardo Pardal, presidente da ADICES e da Câmara de Mortágua, que elencou a história da associação e os seus impactos no território, realçando o número de projetos apoiados e os montantes de financiamento investidos no território.

No seminário foram apresentados os primeiros resultados da estratégia de desenvolvimento local 23/30. Após a apresentação foram apontados os desafios nas prioridades de intervenção reforçando as âncoras do território, trazer contributos-chave para as prioridades das políticas de desenvolvimento rural e da agenda do território 2030 e fortalecer as parcerias no território.

No primeiro painel, “Atores públicos e os territórios”, com a participação do presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, e do diretor regional de Agricultura do Centro, Fernando Martins, foram focadas as dificuldades e oportunidades do território.

Rui Ladeira enfatizou a importância do papel dos Grupos de Ação Local, onde a ADICES está integrada, e da capacidade de proximidade de trazerem para os territórios “capilaridade na implementação de projetos”, aproveitando os fundos comunitários.

O autarca de Vouzela deixou críticas aos últimos programas de fundos europeus, referindo que estes representam um “desinvestimento no capital de conhecimento” das associações de desenvolvimento local.

Já Fernando Martins focou a importância da utilização dos diferentes instrumentos ao dispor do território e a necessidade de ficar-se atento às regras europeias, às alterações às diferentes normas e aos impactos que terão nos territórios. Também foi debatida a carta de perigosidade de incêndios.

Quatro entidades de desenvolvimento, entre elas as redes de associações Federação Minha Terra e ANIMAR e as associações de intervenção In Loco (Algarve) e ADRIMAG (Arouca, S. Pedro do Sul, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Castro Daire), onde foram destacadas as dificuldades que estas organizações atravessam a cada ciclo de programação dos fundos comunitários pelo facto de estarem sempre sujeitas a passar por processos de qualificação.

Por fim, foi feita a apresentação da Carta Gastronómica da ADICES. Olga Cavaleiro, coordenadora do projeto, referiu que o documento reflete a geografia da alimentação no território da ADICES, tendo como pontos de partida a Serra do Caramulo e as bacias de água das Barragens da Aguieira e da Pateira.

O trabalho de recolha foi feito a partir de cerca de 200 entrevistas feitas em todas as 48 freguesias do território da ADICES e que “revelam um património inigualável de riqueza de conhecimento associados à alimentação e aos produtos do território”, refere a associação. A carta será divulgada em junho.