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06 de 05 de 2024, 12:08

Diário

Ferrovia, IP3 e universidade pública como motores de atratividade de Viseu num debate que juntou empresas e ensino superior

Clube de Viseu recebeu sessão onde se defenderam estratégias concertadas para melhorar a atratividade da região e com reivindicações pelo meio

debate viseu mais atrativo

Fotógrafo: Proviseu

A região de Viseu deve ter estratégias para melhorar a sua atratividade. A ideia foi defendida na sessão “Viseu, cidade ainda mais atrativa”, que decorreu no passado sábado (4 de maio), e onde não faltaram o regresso da ferrovia, a requalificação do IP3 e a universidade pública, uma reivindicação com muitos anos em Viseu.

A sessão teve como oradores os presidentes do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), José Costa, e do Instituto Piaget de Viseu, Paulo Alves, e o diretor da Associação Empresarial da Região de Viseu, Fernando Mateus.

Na iniciativa que juntou cerca de 30 pessoas no Clube de Viseu e que foi a segunda sessão da iniciativa “Largo da Sé”, defendeu-se a necessidade de concertar “pontos de diversidade e não pontos redundantes” para o futuro de Viseu.

Entre os caminhos apontados, estão uma maior ligação entre as instituições de formação e as empresas através de estágios profissionais e ainda a criação de parcerias institucionais para fixar e criar empresas tecnológicas e para atrair talentos.

Também se falou da continuação das reivindicações da ferrovia (que saiu de Viseu há 34 anos), da transformação do IP3 e da criação da Universidade Pública, uma ideia que poderá vir a ser uma realidade com a futura passagem do IPV para uma universidade politécnica.

Também foi feito um ‘diagnóstico’ sobre os problemas que afetam a região, tais como o “mau funcionamento” de serviços essenciais como na área da saúde, o “baixo peso” de residentes com formação superior, incluindo patrões, e o “avanço não satisfatório” da descentralização política.

Ainda na sessão foram destacadas várias iniciativas na região como a universidade europeia Eunice (da qual o IPV faz parte), a participação em redes de cooperação nacional e internacional, um curso de formação profissional para técnicos de manutenção de aeronaves ou a integração de pessoas com deficiência no tecido empresarial.

A associação organizadora Proviseu reconhece que o debate deveria ter sido alargado a outras entidades e a temas que “ou não foram abordados nas cerca de três horas que durou a reunião ou foram-no de forma insuficiente”, tais como o turismo, a relação entre as empresas e as instituições de ensino e investigação, a mobilidade e a promoção e valorização dos produtos endógenos.

O encontro também ficou marcado pelo testemunho de uma família brasileira que vive em Viseu e que destacou o acolhimento da região.

A iniciativa “Largo da Sé” promove sessões públicas dinamizadas por personalidades de Viseu e abertas “a todos os que desejem colocar o seu pensamento, as suas ideias ao serviço de Viseu”, refere a organização. O próximo debate está marcado para 16 de maio, no Solar dos Peixotos, com o tema “Viseu – cidade ainda mais inclusiva”.