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31 de 12 de 2022, 08:37

Diário

Autoridades registaram 90 atropelamentos este ano no distrito de Viseu

Atropelamentos aumentaram em mais de uma dezena. Número de vítimas mortais também subiu, mas número de feridos baixou. Dados são referentes ao período de janeiro a novembro

passadeiras palácio do gelo

De janeiro a novembro deste ano, a PSP e a GNR registaram 90 atropelamentos em todo o distrito de Viseu, um aumento de 12 ocorrências relativamente ao último ano. Resultante destes sinistros, há a lamentar três vítimas mortais, número que também teve uma subida, já que ao longo de 2021 houve apenas um morto por atropelamento, segundo números facultados ao Jornal do Centro pelas duas forças de segurança.

Só a GNR, que cobre os 24 concelhos do distrito e que em Viseu tem como área de intervenção todo o perímetro fora da cidade, registou este ano 61 atropelamentos. O concelho de Viseu é onde há mais ocorrências com 12 atropelamentos, o mesmo número que a GNR contabilizou em todo o ano de 2021.

São Pedro do Sul é o segundo concelho com mais atropelamentos, nos 11 meses analisados há registo de seis casos, o dobro relativamente ao último ano, seguido de Mangualde com cinco (menos dois que no ano transato).

Ao contrário de 2021, este ano todos os concelhos tiveram, pelo menos, um atropelamento. Mortágua, Tarouca, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva não registaram qualquer sinistro em 2021, segundo dados da GNR.

Quanto aos restantes concelhos, uma grande parte aumentou os casos de atropelamento, nomeadamente Moimenta da Beira que registou este ano quatro sinistros (mais um que em 2021), Nelas com quatro (+3), Penalva do Castelo com três (+2), Penedono três casos (+2), Resende três atropelamentos (+1) e Santa Comba Dão três ocorrências (+2).

O concelho onde se registaram menos atropelamentos, face a 2021, foi Tondela, com menos cinco ocorrências. No último ano há registo de nove atropelamentos, este ano contabilizam-se cinco. Armamar registou um atropelamento (-1 que em 2021), Carregal do Sal um (-1), Castro Daire um (o mesmo número), Cinfães três (o mesmo que em 2021), Lamego um (manteve o número), São João da Pesqueira um (o mesmo), Sátão um (-1), Tondela quatro (-5) e Vouzela um (-1).

Número de feridos baixou
Destes 90 atropelamentos, GNR e PSP contabilizaram até novembro 79 feridos, dos quais nove graves e 70 leves, números inferiores ao último ano. Em 12 meses, contabilizaram-se 86 feridos, 12 graves e 74 leves.

Para travar o aumento de casos de atropelamento, as autoridades alertam condutores e peões para que conduzam e circulem em segurança.

“A segurança rodoviária e a redução do número de vítimas mortais na estrada é uma prioridade estratégica para a Guarda, razão pela qual são desenvolvidas ações de fiscalização diariamente em todo o território nacional, com o intuito de prevenir ações que coloquem em causa a segurança rodoviária de todos quantos utilizam a via pública”, destaca a GNR.

Já a PSP deixou alguns concelhos sobre como se deve atravessar a faixa de rodagem. “Os peões devem atravessar a faixa de rodagem nas passagens especialmente sinalizadas para esse efeito ou, quando nenhuma exista a uma distância inferior a 50 m, perpendicularmente ao eixo da via”, referem.
O não cumprimento da regra dos 50 metros pode incorrer em coimas, cujo valor varia entre os 10 e os 50 euros.

Os peões “devem respeitar a sinalização (semáforos): parar sempre, se o sinal estiver vermelho e avançar com o sinal verde, verificando previamente se o pode fazer em segurança; Antes de iniciar a travessia deve olhar para os dois lados - primeiro para a esquerda, depois para a direita e novamente para a esquerda - para ver o trânsito que se aproxima e ser visto pelos condutores”, acrescenta a PSP.

Outro dos alertas das autoridades é para que se atravesse rápido “mas sem correr, tendo sempre em atenção se algum veículo se está a aproximar (mesmo que o sinal esteja verde para os peões); Não deve atravessar a faixa de rodagem em locais de pouca visibilidade, (ex.: veículos estacionados, arbustos, caixotes do lixo). Eles podem impedir a visibilidade total em relação ao que está à sua volta ou que sejas visto pelos condutores”.

A PSP lembra ainda que “os peões não podem atravessar a faixa de rodagem sem previamente se certificarem de que, tendo em conta a distância que os separa dos veículos que nela transitam e a respetiva velocidade, o podem fazer sem perigo de acidente”.