Diário

Bombeiros 'pedem' à CIM Viseu Dão Lafões viatura multifuncional

Equipamento, que funciona por módulos, serve para dar resposta diferenciada a situações como cheias, desencarceramentos ou desabamento de prédios. Desafio foi deixado à CIM para candidatura a fundos perdidos

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões foi desafiada a avançar com uma candidatura a fundos comunitários que agregue os corpos de Bombeiros para a aquisição de uma viatura multifuncional, todo-o-terreno, que responda de uma forma diferenciada às necessidades imediatas em diferentes cenários de operações.

O desafio foi lançado durante esta manhã no seminário “A Proteção Civil e o Interior” que se realizou em Carregal do Sal. O porta-voz foi o comandante dos Bombeiros da “casa” Filipe Lopes que disse que este seria um “bom investimento”.
“Nós estamos muito virados para incêndios florestais, urbanos, industriais e pré-hospitalar e aí não há dúvida que somos muito capazes. Mas depois há certas tipologias de risco e perigos para os quais nós respondemos, mas os meios e recursos estão distantes”, começou por explicar o comandante.

A ideia seria criar dentro da sub-região Viseu Dão Lafões uma estrutura de resposta eficaz, agregando corpos de bombeiros, para atuar seja em incêndios rurais, seja em estruturas colapsadas, inundações ou em acidentes com matérias perigosas e cuja ação poderia ser dentro da sub-região ou até mesmo da região centro.
Como exemplos, Filipe Lopes deu os seguintes cenários: “Cheia em Coimbra, saía um módulo com uma equipa com elementos de várias corporações, arrancavam e iam trabalhar com aquele módulo que tem vários tipos de equipamento, como bombas eléctricas, bombas com motor a combustão, seja o que for para intervir naquele cenário. Outro exemplo: Numa estrutura colapsada, desabou um prédio, por exemplo, era fazer deslocar um módulo especializado para este cenário”.

“A ideia é o veículo andar 365 dias por ano. Estamos a falar de uma coisa pequena, básica, para dar resposta às necessidades imediatas mas com uma capacidade diferenciada”, resumiu, frisando que faz sentido ser um projeto que a CIM lidere por forma a ser ainda mais agregador.

Presente no seminário, o chefe da equipa multidisciplinar da Unidade do Ambiente e da Proteção Civil da CIM ouviu, não rejeitou, mas disse que os corpos de bombeiros também podem agregar-se e apresentar candidatura a fundos comunitários.