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27 de 03 de 2024, 14:57

Diário

Contestado resultado do concurso de requalificação do IP3

Empresas Acciona, Ferrovial e ABB discordam do resultado preliminar do concurso para o troço Viseu-Santa Comba Dão. Construtora Teixeira Duarte venceu concurso pela qualidade do projeto

curva ip3 arquivo jornal do centro nascentro

Fotógrafo: Arquivo Jornal do Centro

Três empresas que concorreram ao concurso público da requalificação do IP3 entre Viseu e Santa Comba Dão contestaram o resultado preliminar do procedimento.

A Teixeira Duarte venceu o concurso, mas as construtoras espanholas Acciona e Ferrovial e a empresa portuguesa ABB contestaram o resultado. Apesar de não ter o preço mais baixo para a obra, a proposta da Teixeira Duarte prevaleceu mais pela qualidade do projeto.

A Infraestruturas de Portugal classificou a proposta do consórcio da Teixeira Duarte – e que também envolve a Embeiral, construtora com sede em Viseu – como a melhor para a obra no IP3.

Segundo o jornal online Eco, caso o júri mantenha a decisão, a obra orçada em 130 milhões de euros deverá ser adjudicada já nas primeiras semanas do próximo mês de abril.

A Teixeira Duarte, coadjuvada pela Embeiral e pela Gabriel Couto, apresentou a quarta melhor proposta para a requalificação do troço Viseu-Santa Comba Dão no valor de 118,15 milhões de euros.

Já a Ferrovial tinha lançado a proposta mais baixa (103,3 milhões de euros), seguindo-se a candidatura da Acciona, em consórcio com a portuguesa DST (109,2 milhões). A outra empresa queixosa, a ABB, ofereceu cerca de 118 milhões.

Já a Mota-Engil avançou com o preço mais alto dentro do valor base fixado pelo Governo. A sua proposta pelo IP3 valia 128,9 milhões de euros.

O executivo cessante de António Costa abriu o concurso público em julho do ano passado. As regras ditaram um peso de 60 por cento ao preço e de 40% à qualidade do projeto apresentado, sendo que este segundo critério acabou por dar vantagem à Teixeira Duarte.

Segundo a tutela, esta obra ajudará a fazer que o IP3 fique com perfil de autoestrada em grande parte do percurso e haja menos sinistralidade e uma redução do tempo de percurso entre Coimbra e Viseu, passando dos 65 para os 43 minutos.

“Terminaremos estas intervenções no IP3 com mais de 85% com perfil de autoestrada e uma percentagem muito reduzida, por impossibilidade física de duplicação, sem ser com duas faixas de cada lado”, referiu no ano passado o então ministro das Infraestruturas, João Galamba, na altura em que a empreitada foi anunciada.

Além do troço Viseu-Santa Comba Dão, também estão em fase de projeto as duplicações das ligações Souselas-Penacova (investimento de 130 milhões de euros) e Penacova-Santa Comba Dão (80 milhões), bem como a instalação de sistemas de comunicação de tráfego com informação em tempo real (12,5 milhões).

A conclusão das intervenções no IP3 está prevista para o início de 2028.