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01 de 04 de 2024, 14:00

Diário

Festival da Primavera de Viseu arranca esta terça-feira com a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins

Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sob a direção do maestro titular Hélder Magalhães e com a direção artística de António Vieira, abre a programação do festival no Teatro Viriato, numa estreia do grupo em Viseu

Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins

Fotógrafo: Krystallenia Batziou

É já esta terça-feira (2 de abril) que começa mais uma edição do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu. A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sob a direção do maestro titular Hélder Magalhães e com a direção artística de António Vieira, abre a programação no Teatro Viriato, numa estreia do grupo em Viseu.

Num programa diversificado que realça a versatilidade da guitarra e do bandolim, o repertório abrange obras como as “Canções do Outro Lado da Rua” de Fernando C. Lapa até “La Légende de Ulysses” de Francesco Civitareale, passando pela “Tanz Suite nº 2” de Takashi Kubota e “Il Sogno del Pesciolino” de Eduardo Angulo, oferecendo ao público uma rica tapeçaria sonora que explora diferentes estilos e épocas.

Este evento é uma celebração da inovação musical, marcada pela colaboração entre músicos de renome e a apresentação de obras que refletem a contemporaneidade e a tradição na composição para guitarra e bandolim.

“Tem como solista Pedro Rodrigues, professor na Universidade de Aveiro e um dos grandes guitarristas da atualidade”, afirmou José Carlos Sousa, o diretor artístico do festival, aquando da apresentação da iniciativa.

A programação deste ano vai contar com duas dezenas de concertos a realizar em diferentes espaços da cidade e um concurso que atraiu alguns dos melhores guitarristas da nova geração, segundo os organizadores.

Para dia 3 de abril, segundo dia do festival, Margarita Escarpa, uma das guitarristas clássicas mais aclamadas da atualidade, apresenta um concerto no Museu Nacional Grão Vasco, pelas 19h00. O repertório vai desde a renascença com “Honze Diferencias de folías” do pouco conhecido Mendoza até a contemporaneidade de Fernando N. Lobo, passando por peças emblemáticas de Dionisio Aguado, Federico Moreno-Torroba, e Antonio Lauro.

Quarta-feira há ainda a apresentação da Opus Duo, pelas 21h00, também no Museu Nacional Grão Vasco. O duo é composto por Francisco Berény Domingues (guitarra) e Tiago Azevedo e Silvia (violoncelo). Formado em 2019, o grupo já realizou concertos em Paris, Trani (Itália), Florença (Itália), Lucerna (Suíça), e por diversos festivais em Portugal.

Outro dos momentos altos da primeira semana do festival será a final do 6.º Concurso Internacional de Guitarra de Viseu, que teve 27 inscritos, de 14 países: Bélgica, Croácia, França, Grécia, Itália, Japão, Lituânia, México, Portugal, Roménia, Eslováquia, Coreia do Sul, Espanha e Ucrânia.

Segundo José Carlos Sousa, depois de uma primeira fase de seleção através de gravações de vídeo, vão apresentar-se em Viseu 17 guitarristas. Portugal nunca teve um concorrente na final do concurso, estando o diretor artístico convicto de que tal poderá acontecer este ano, no dia 6.

“A nossa convicção é de que há concorrentes portugueses muito bons, que estão a estudar fora do país e podem chegar à final”, afirmou o responsável, lembrando que o vencedor ganhará seis mil euros, uma guitarra com um valor estimado de oito mil euros e a oportunidade de tocar em quatro festivais internacionais (Bratislava, Sevilha, Fundão e Viseu).

Até dia 20, os concertos vão realizar-se em locais como o Museu Nacional Grão Vasco, o Teatro Viriato, a Aula Magna do Politécnico de Viseu, a Igreja da Misericórdia, o Auditório da Escola Secundária Emídio Navarro e o Pavilhão Multiusos.