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18 de 11 de 2022, 10:47

Diário

Greve da Função Pública fecha escolas em todo o distrito e coloca hospitais em serviços mínimos

Segundo a União dos Sindicatos do Distrito de Viseu, não há aulas em Carregal do Sal, Penedono, Cinfães, Mortágua, Santa Comba Dão

Manifestantes com o colete de Piquete de Greve da STAD

Fotógrafo: Igor Ferreira

A greve da Função Pública desta sexta-feira, dia 18 de novembro, levou ao encerramento de várias escolas um pouco por todo o distrito. O Centro Hospitalar Tondela Viseu está a funcionar apenas com os serviços mínimos, garante a União dos Sindicatos do Distrito de Viseu (USDV).

Saúde e Educação são os setores mais afetados pela paralisação de hoje, que foi convocada pela Frente Comum, como resposta aos aumentos salariais previstos para o próximo ano, que os sindicatos consideram insuficientes face ao aumento do custo de vida.

“No setor da saúde há um indicador essencial que é uma adesão no primeiro turno no Hospital de Tondela de 100%. Isto quer dizer que funcionam apenas os serviços mínimos. No Hospital de Viseu estamos com uma adesão de 80% e apenas com os serviços mínimos a funcionar”, adiantou ao Jornal do Centro Francisco Almeida, coordenador da USDV.

O setor da Educação é outro dos setores onde a greve está a causar mais efeitos. “Não há praticamente aulas no distrito”, revela o sindicalista, acrescentando que fecharam escolas em Carregal do Sal, Penedono, Cinfães, Mortágua, Santa Comba Dão, Viseu entre outros concelhos da região.

Na Segurança Social (SS) em Viseu, os “principais serviços estão fechados”, como a tesouraria ou o balcão de informações. Na Loja do Cidadão a SS também não funciona.

“Registamos com agrado que se confirma o grande descontentamento dos trabalhadores da administração pública face ao Orçamento de Estado e as intenções do Governo para os aumentos para a Função Pública”, refere Francisco Almeida.

O coordenador da USDV preferia que não houvesse greve hoje porque isso seria um sinal de que o “Governo tinha apresentado propostas decentes para a administração pública tendo em conta o aumento do custo de vida”.

“Como não apresentou aí tem a resposta. Ninguém aceita isto, o que está a acontecer e o que o Governo está a fazer aos trabalhadores da administração pública e que quer que fique como exemplo para o setor privado”, conclui.