Diário

Moção pede 'obras urgentes' na ER 230 que liga Tondela e Carregal do Sal

Moção do PSD foi aprovada na última Assembleia Municipal de Tondela. Infraestruturas de Portugal já acelerou o investimento na via que liga Tondela a Carregal do Sal, afirmou a presidente da Câmara

Fotógrafo: Câmara de Tondela

A Assembleia Municipal de Tondela aprovou esta quarta-feira (28 de junho) uma moção do PSD que exige à Infraestruturas de Portugal (IP) que faça “obras urgentes” na Estrada Regional (ER) 230, que liga o concelho a Carregal do Sal.

A aprovação foi feita por unanimidade na sessão que teve lugar na sede da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho. O documento foi apresentado pelo membro do PSD, Carlos Amaral, que realçou a importância da ER 230 para o concelho e a elevada sinistralidade da via.

O social-democrata lembra que a estrada “é uma infraestrutura viária estrutural para Tondela e os concelhos limítrofes”, tem “um intenso tráfego ao longo do seu traçado, vem sendo palco de inúmeros acidentes, alguns deles fatais e tem um défice enorme de sinalização vertical e horizontal, bem como pontos negros”.

Por isso, acrescenta, a moção exige à IP e à tutela “uma intervenção urgente, sob pena de se agudizar severamente a sinistralidade grave nesta estrada”.

O membro do PS, Rui Santos, respondeu ao PSD dizendo que a moção veio “um pouco tarde” e lembrou as várias diligências que já foram feitas tanto pelo presidente da União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova de Rainha, que “anda há dois anos a ter contactos com a IP e outras entidades por causa da ER 230, sobretudo no cruzamento onde se deram os acidentes mais graves com vítimas mortais”, e também pelo presidente da autarquia vizinha de Carregal do Sal.

Rui Santos acrescentou ainda que foi feita uma visita à estrada com os deputados do PS, a que se seguiram questões ao Ministério da Infraestruturas sobre as soluções que iriam ser tomadas para a via.

O assunto também mereceu uma resposta da presidente da Câmara, a social-democrata Carla Antunes Borges, que frisou que a ER 230 já era uma preocupação do executivo camarário.

“Mesmo antes de exercer as funções de presidente da Câmara, a questão da ER 230 era uma matéria que me preocupava porque o nível de sinistralidade e a dimensão dos acidentes que ocorriam naquela estrada assim levavam a que tomássemos esta posição. E temos vindo a fazer contactos com a Infraestruturas de Portugal e houve várias correspondências trocadas”, afirmou.

A autarca garantiu que, na visita que o próprio executivo fez à via, foram transmitidas as preocupações da Câmara, que defende que a obra na ER 230 “tem de ser feita a dois tempos e em dois momentos: um já de imediato com a alteração de toda a sinalização rodoviária e uma segunda intervenção de maneira a que se possa fazer uma monitorização da eficácia desta alteração e verificar se o que está a ser feito agora vai trazer efeitos positivos ou não porque, caso contrário, tem de se implementar novas medidas de segurança”.

Carla Antunes Borges referiu ainda que, entretanto, a IP já iniciou alguns trabalhos na via, acelerando os investimentos previstos para a estrada.

Entretanto, recentemente no Parlamento, o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, garantiu que “já foram colocados marcadores de segurança no eixo da via” da ER 230 e que estão previstos trabalhos de pintura no segundo semestre deste ano.

A ER 230 foi inaugurada em 2010, com um trajeto de cerca de 11 quilómetros, num investimento de 9,6 milhões de euros.