Geral

29 de 04 de 2023, 09:00

Diário

Oferta de casas em Viseu baixou no primeiro trimestre

Dados mais recentes revelam quebras acentuadas no arrendamento e na venda de habitação face a 2022

Casas arrendamento habitação

Fotógrafo: Igor Ferreira

A oferta da habitação está em queda na região de Viseu. Os últimos dados revelam quebras acentuadas no primeiro trimestre, face ao mesmo período do ano passado, tanto no mercado do arrendamento como na venda.

Segundo dados do portal imobiliário Idealista, a oferta de casas na cidade de Viseu desceu 17% no arrendamento e 7% na venda.

Já a oferta de casas à venda em todo o distrito também baixou 5% nos primeiros três meses do ano. No arrendamento a quebra rondou os 13%.

Os números surgem numa altura em que o mercado imobiliário tem registado novas subidas nos preços. Segundo o Idealista, o preço médio de uma habitação colocada no mercado de venda no distrito de Viseu rondou os 939 euros por metro quadrado (m2) em março, mais 4,9% em comparação com o mesmo mês de 2022.

A maior subida a nível dos concelhos verificou-se em Carregal do Sal, onde o preço médio aumentou 39,9% no espaço de um ano para os 665 euros por m2. Seguem-se Vouzela (+17,1% para os 622 euros) e Mangualde (+11,2% para os 718 euros). Na cidade de Viseu o preço subiu 8,3% para os 1.318 euros por m2.

Por outro lado houve descidas nos concelhos de Santa Comba Dão (-4,6% para os 526 euros), São Pedro do Sul (-4,9% para os 719 euros) e Nelas (-16,7% para os 448 euros). No arrendamento o cenário repete-se, sendo que o preço médio no distrito aumentou 25,2% para os 6,3 euros por m2. No concelho de Viseu a subida foi na ordem dos 29,8% para os 6,8 euros.

Entretanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já alertou que os preços das casas em Portugal duplicaram desde 2015, assinalando que a diferença entre estes e as rendas acentuou-se desde a pandemia.

O FMI refere ainda que o aumento do custo de vida e as prestações do crédito à habitação estão a “esticar” o equilíbrio familiar, que se pode deteriorar ainda mais. Em cenários adversos com maiores custos de vida e prestações mais altas, cerca de 45% das famílias - e mais de 80% de agregados com baixos rendimentos – poderá enfrentar maiores dificuldades económicas.