Geral

06 de 12 de 2022, 12:25

Diário

Procura pelo primeiro emprego cai 15% no distrito de Viseu

Mais de 1.700 pessoas da região estão inscritas nos centros de emprego para conseguir entrar no mercado de trabalho

centro de emprego viseu

Fotógrafo: Arquivo Jornal do Centro

Mais de 1.700 pessoas do distrito de Viseu estão à procura do primeiro emprego, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Ainda assim, os números caíram no espaço de um ano na região. De acordo com os últimos dados atualizados, relativos ao mês de outubro, havia 1.709 inscritos nos centros de emprego, menos 15% em comparação com o ano passado.

Segundo o IEFP, só no concelho de Viseu havia 348 candidatos ao primeiro trabalho. Em comparação com o período homólogo de 2021, houve uma diminuição superior a 30%. No ano passado, a cidade de Viriato tinha 499 inscritos.

Depois de Viseu, os concelhos com mais candidatos estão situados no norte do distrito com destaque para Lamego (229 pessoas), Moimenta da Beira (132), Resende (119) e Cinfães (99).

Seguem-se São Pedro do Sul (77), Mangualde (75), Tarouca (72), Castro Daire (70) e Sátão (63).

Já os concelhos onde existem menos inscritos são Vouzela (21), Vila Nova de Paiva (19), Penedono (17), Carregal do Sal (14) e Mortágua (12).

Em outubro de 2021, o distrito tinha 2.012 cidadãos à procura do primeiro trabalho.

Emprego dos jovens portugueses é de “baixa qualidade”, diz estudo
Entretanto, foi revelado esta terça-feira um estudo que conclui que a transição para o mercado laboral em Portugal é caraterizada pela precariedade, com um em cada cinco jovens a não conseguir encontrar trabalho.

Segundo o livro branco "Mais e melhores empregos para os jovens", uma iniciativa da Fundação José Neves, do Observatório do Emprego Jovem e da Organização Internacional do Trabalho para Portugal, o emprego jovem continua a ser de “baixa qualidade” e a tendência é para piorar durante as crises.

Também de acordo com o documento, desde 2015, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos tem sido mais do dobro da população em geral em Portugal. Durante a pandemia, chegou a ser 3,5 vezes superior. Entre 2019 e 2020, mais de 70% dos empregos que se perderam em Portugal eram ocupados por jovens.

O livro branco aponta para vários motivos por detrás destes números, entre eles “a disrupção dos sistemas de ensino e dos processos de transição da escola para o mercado de trabalho, que dá origem à especial penalização dos jovens com idades entre os 16 e os 24 anos” e os baixos salários.

O estudo conclui também que há um desfasamento entre as expetativas dos jovens e aquilo o que o mercado tem para lhes oferecer com cerca de 30% dos graduados dos 25 aos 34 anos a serem considerados sobre-qualificados para a profissão que exercem.

Além dessas dificuldades, existe também a prevalência de contratos de trabalho não-permanentes. O estudo refere mesmo que, antes da Covid-19, 56% dos trabalhadores com menos de 25 anos tinham contratos a termo certo face a apenas 18% na população em geral.

Número de pessoas à procura do primeiro emprego inscritas no IEFP
• Armamar – 32
• Carregal do Sal – 14
• Castro Daire – 70
• Cinfães – 99
• Lamego – 229
• Mangualde – 75
• Moimenta da Beira – 132
• Mortágua – 12
• Nelas – 56
• Oliveira de Frades – 38
• Penalva do Castelo – 21
• Penedono – 17
• Resende – 119
• Santa Comba Dão – 36
• São João da Pesqueira – 36
• São Pedro do Sul – 77
• Sátão – 63
• Sernancelhe – 38
• Tabuaço – 46
• Tarouca – 72
• Tondela – 39
• Vila Nova de Paiva – 19
• Viseu – 348
• Vouzela – 21