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17 de 02 de 2023, 17:52

Diário

Turismo: São Pedro do Sul e Vouzela aumentam número de hóspedes em quatro anos

Dados do Instituto Nacional de Estatísticas revelam oscilações no número de pessoas que deram entrada nos hotéis na região de Viseu

Hotel Parque

Fotógrafo: Igor Ferreira

São Pedro do Sul, Vouzela, Aguiar da Beira e quase todos os concelhos do norte da região de Viseu registaram aumentos no número de hóspedes nos últimos quatro anos.

Com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), de 2018 para 2022, São Pedro do Sul teve um aumento de 8.871 hóspedes, passando das 37.901 para as 46.772 pessoas que, segundo os especialistas, efetuaram pelo menos uma dormida em estabelecimentos de alojamento turístico.

Vouzela registou uma maior subida percentual, na ordem dos 63,7%, enquanto que São Pedro do Sul ficou pelos 23,4%. No ano passado o concelho vouzelense teve mais 2.595 hóspedes em comparação com 2018, antes da pandemia da Covid-19. O número total passou dos 4.072 para os 6.667 hóspedes.

Mais a norte quase todos os concelhos obtiveram subidas, à exceção de Moimenta da Beira. A maior subida verificou-se em São João da Pesqueira, que passou dos 357 para os 8.153 hóspedes, um acréscimo de 128,4% face a 2018.

Já Aguiar da Beira teve 5.760 pessoas nos hotéis e outros alojamentos em 2021, mais 1.189 do que em 2018, o que equivale a um crescimento de 26%.

Os restantes concelhos registaram quebras. A cidade de Viseu, por exemplo, teve em 2022 um total de 144.206, menos 6,6% em comparação com 2018. A maior descida percentual foi verificada no concelho de Sátão (-79,6% face aos números de há quatro anos), onde houve 396 hóspedes no ano passado.

Seguem-se Nelas (-54,6%; 13.865 hóspedes), Mortágua (-41,5%; 16.939 hóspedes), Mangualde (-38,2%; 14.691 hóspedes) e Carregal do Sal (-34,6%; 1.620 hóspedes).

Moimenta da Beira foi o único concelho mais a norte que sofreu o mesmo efeito, tendo tido uma quebra de 15,4% (2.633 hóspedes em 2022 e 3.112 em 2018). No total, os concelhos da região de Viseu receberam pelo menos 469.609 hóspedes no último ano.

Quanto às receitas, o Norte faturou 773,1 milhões de euros e o Centro 388,2 milhões de euros em 2022, valores que são superiores aos respetivos 560,2 e 332,7 milhões registados em 2018.

Segundo o INE, todas as regiões do país registaram aumentos no número de dormidas, destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa (+132,6%) com o maior crescimento. O instituto nota que “as dormidas de não residentes mais que duplicaram em todas as regiões, enquanto nas dormidas de residentes apenas se registou um decréscimo no Algarve (-4,5%)”.

As receitas do setor do alojamento turístico em 2022 mais do que duplicaram face a 2021 e superaram os níveis de 2019, último ano antes da Covid-19, em resultado de aumentos superiores a 80% no número de hóspedes e dormidas.

Na região Centro os proveitos totais e de aposento cresceram +9,3% e +14,4%, respetivamente.

Em 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 28,9 milhões de hóspedes e 77,0 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 80,7% e 80,8%, respetivamente em comparação com o ano anterior.

(Por lapso, na anterior notícia sobre este tema, o Jornal do Centro fez uma comparação entre o número de hóspedes e dormidas, resultando em números díspares.)