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28 de 03 de 2024, 11:01

Diário

Região Viseu Dão Lafões terá 118 milhões de euros de fundos europeus até 2030

Comunidade Intermunicipal e CCDR Centro assinaram contrato que garante novo financiamento comunitário. Fernando Ruas diz que verba “é um excelente contributo, mas não chega” para a região

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Fotógrafo: Jornal do Centro

Os 14 concelhos da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões vão ter 118 milhões de euros de financiamento comunitário até 2030, no âmbito de um contrato assinado na quarta-feira (27 de março) com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

“Estes montantes que vêm dos fundos europeus começam a ser a única coisa que temos para efeitos de investimento”, afirmou o presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, durante a sessão de assinatura da contratualização do Instrumento Territorial Integrado (ITI).

O também presidente da Câmara de Viseu considerou que esta verba “é um excelente contributo, mas não chega” para a região, defendendo que também é preciso investimento do Orçamento de Estado.

O secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, explicou que estão previstos montantes para vários domínios, como a digitalização da administração pública local (2.549.165 euros).

“É uma área em que a CIM tem uma tradição de trabalho com os seus 14 municípios há mais de 13 anos, mas agora queríamos dar um salto qualitativo naquilo que são as novas necessidades das empresas e dos cidadãos”, explicou.

O desenvolvimento e a coesão territorial (41.873.896 euros), a eficiência energética em edifícios da administração pública local (9.891.061 euros), a mobilidade urbana suave (4.355.543 euros) e a promoção do sucesso educativo (5.577.851 euros) são outras áreas a financiar.

Nuno Martinho sublinhou a continuação da aposta em “trabalhar os projetos numa lógica intermunicipal”, ainda que haja dimensões deste envelope financeiro que serão de índole municipal.

O objetivo é conseguir desenvolver os projetos respeitando a identidade de cada um dos 14 municípios, “mas sendo capazes de construir um denominador comum, seja na digitalização da administração pública e na modernização administrativa, nos projetos relacionados com o sucesso educativo, nas intervenções no domínio da mobilidade ou nas intervenções ligadas à proteção civil e à defesa da floresta”, frisou.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, disse a Nuno Martinho que terá de “convencer os presidentes de câmara de que a execução é o mais importante”.

“Agora é organizarem-se, porque por vezes há uma grande diferença entre aquilo que pretendem fazer e aquilo que efetivamente conseguem fazer”, avisou Isabel Damasceno, admitindo que “são imensos os constrangimentos que aparecem e, portanto, têm que ser muito disciplinados, muito organizados”.

Segundo a responsável, “a partir de 9 de abril já todos podem submeter candidaturas porque os avisos estão abertos”.