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19 de 12 de 2023, 15:45

Diário

Viseu é bom para envelhecer, aponta estudo

Cidade está entre os 25 municípios da região Centro que foram eleitos os “mais amigos da longevidade” num estudo realizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e pela Universidade de Coimbra

Viseu está entre os 25 municípios da região Centro que foram eleitos os “mais amigos da longevidade” pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). É o único município do distrito que integra o lote dos concelhos que, segundo a entidade regional, oferecem “as melhores condições para um envelhecimento seguro, saudável e ativo”.

A CCDRC fez um trabalho de identificação destes territórios, com o apoio da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e os concelhos foram apurados com base em indicadores estatísticos e em boas práticas apresentadas ao Prémio de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro, explicou a comissão em comunicado.

Segundo o estudo, Viseu Dão Lafões está entre as sub-regiões do Centro com o maior índice de longevidade (quociente entre o número de pessoas com 75 ou mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos), estando acima da média nacional.

Também Dão Lafões tem dos mais baixos números de fecundidade da zona Centro, com um índice de 1,30 filhos por mulher em 2022, abaixo do valor nacional de 1,43. No documento, é referido que a região enfrenta “um triplo desafio demográfico com uma população a envelhecer rapidamente e a necessitar de cuidados sociais e de saúde, dificuldades em rejuvenescer a população residente e necessidade de atrair e reter imigrantes em idade ativa”.

Dão Lafões tem ainda uma das taxas mais elevadas de população adulta mais velha, com 29 por cento, estando apenas atrás da Beira Baixa (33,6%), das Beiras e Serra da Estrela (33,5%) e do Médio Tejo (29,2%).

Por outro lado, a esperança média de vida aumentou na região Centro, destacou a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno. A responsável referiu que a zona “tem registado, de forma sistemática, um declínio demográfico nas últimas décadas, com reduzidas taxas de natalidade e com uma população envelhecida e a viver mais tempo”.

“O aumento da esperança média de vida é um indicador positivo, já que assenta em grandes investimentos na saúde, na alimentação, na ciência, na cultura, mas é agora fundamental assegurar as condições sociais, económicas e ambientais que permitam um envelhecimento saudável e ativo nos diferentes territórios da nossa região”, explicou Isabel Damasceno.

O estudo dos municípios amigos da longevidade visou “acompanhar e estimular as dinâmicas regionais em torno do envelhecimento ativo e saudável” e deve ser encarado, na opinião da presidente da CCDRC, como “uma mais-valia para a região” permitindo conhecer melhor a realidade do envelhecimento.