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14 de 01 de 2024, 12:30

Lifestyle

Restaurante da Escola de Turismo de Seia vai reabrir

Gastronomia internacional e novos conceitos em destaque no restaurante "A Escola", que vai abrir as portas às quartas-feiras depois do Carnaval. Aposta é da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia

A Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia vai reabrir às quartas-feiras o seu restaurante “A Escola” após a pausa letiva do Carnaval. A gastronomia internacional e os novos conceitos de restauração vão preencher os menus do restaurante desta escola do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O serviço será inteiramente assegurado pelos alunos do estabelecimento de ensino superior, com a supervisão de professores, num espaço que reproduz o ambiente de um restaurante convencional.

A escolha dos menus e a confeção de todos os pratos é assegurada pelos estudantes da licenciatura em Restauração e Catering e do Curso Técnico Superior Profissional de Cozinha e Produção Alimentar. Já o serviço de sala fica a cargo dos estudantes das licenciaturas em Restauração e Catering e em Gestão Hoteleira.

Segundo o IPG, a ementa será mudada semanalmente, apresentando menus de países como Ucrânia, Turquia, Itália, França, Espanha e Marrocos e abordando também a gastronomia asiática e o churrasco coreano.

A disciplina de “Gastronomia Internacional” procura que os alunos do 1.º ano explorem técnicas, produtos, sabores e culturas de outras partes do mundo. No segundo ano “a ideia é que que os alunos sejam mais autónomos e consigam, não só pesquisar as receitas, como terem já uma voz crítica sobre as diferentes cozinhas”, afirma o chef Rui Cerveira, professor do IPG e responsável pelo restaurante “A Escola”.

Segundo o cozinheiro, “esta é uma etapa de transição do ‘fazer o que o chef manda’ no primeiro ano e em parte do segundo ano, para o ‘pesquisar, analisar, pensar e implementar’, sempre sob supervisão do chef, mas já com maior autonomia e perceção do que é o trabalho na cozinha”.

Já na disciplina “Novos Sistemas de Restauração”, o objetivo é diferente porque os estudantes estão no último semestre do terceiro ano do curso. Isto porque, enquanto aprendem a parte mais científica e técnica da cozinha, os jovens também terão de lidar com as novas tendências do mercado. As propostas são quinzenais e exigem um trabalho de preparação e confeção mais meticuloso.

Os novos sistemas de restauração aplicados são ‘foraging’, germinados, desidratados, ‘sous vide’, cozinha de emoções, ‘smart food’, fumados, cozinha molecular, fermentados, ‘slow food’, nova cozinha vegetariana, insetos e proteína ‘animal free’.

Segundo Rui Cerveira, “estas aulas são fundamentais para os alunos, pois permitem-lhes muitas vezes o primeiro contacto com equipamentos profissionais, como rooners, pistolas de fumo, ou, em certos casos, um simples sifão”.

Além disso, os estudantes têm a oportunidade de trabalharem num esquema profissional com diferentes métodos e diferentes cozinhas, o que lhes permite ter uma ideia do que gostariam de seguir, seja a cozinha tradicional portuguesa, os grupos e eventos ou o 'fine dining'.

O restaurante “A Escola” cria a possibilidade de, num ambiente real de trabalho, os estudantes poderem preparar a sua entrada no mercado profissional, já que têm a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em várias disciplinas e adquirir competências e experiência em várias áreas.

O espaço vai funcionar todas as quartas-feiras ao almoço, entre as 12h30 e as 14h00, e ao jantar mediante marcação prévia.